29.2.12

Das férias (VI) - Langkawi


A ilha das praias de postal na Malásia. Pode ser que haja mais, mas esta vale imenso a pena... Suficientemente longe e remota para afugentar o trânsito e turismo maciço, e suficientemente grande para não poder ser circundada a pé, tem montanha, selva e praia. 

Montadas numa scooter, explorámos de norte a sul.Experimentei pela primeira vez conduzir scooter com pendura e pela esquerda. Um dois em um que começou tremido mas depois melhorou. Em Langkawi estive numa praia de areia fina e branca só para nós, como nos filmes... Fantástico! Claro que só lá estivemos cerca de hora e meia... Havia demasiada ilha para explorar e não queríamos ficar a anhar por muito maravilhosa que a praia fosse. Looking back, faria sentido lá ter passado uma tarde, até porque em 22 dias de ferias, fiz no total o equivalente a uns 4 dias de praia/piscina, o resto foi sempre passado a andar, conduzir, passear, explorar ou fazer coisas e visitar sítios.

Em Langkawi tentámos ver o por do sol em Pantai Cenang que nos disseram valer imenso a pena, mas não estávamos a conseguir encontrar o caminho para a praia, por isso nada melhor do que enfiar a scooter por um resort de 5 estrelas, estacionar, atravessar o lobby com ar de quem domina a coisa e abancar no bar de praia do hotel. Com um gin  tónico numa mão e a máquina fotográfica noutra, passou-se uma horinha extraordinária a ver o sol descer sobre a água.

E comemos mais e bem; marisco de babar, picantes em barda, tudo saboroso! Langkawi vale muito a pena.















Ó pra mim! Estive lá sim senhora!!!!

Das férias (V) - Malaca


Ou Melaka

De antiga cidade Portuguesa nem sinal... Achei Melaka uma cidade simpatica, com um canal central muito giro e cheio de casas com pinturas maravilhosas debrucadas sobre ele como que num abraco. 

Muita vida na rua, muitas lojas com artesanato, muitos food markets e bastantes turistas. Experimentámos um restaurante local onde comemos uns caranguejos com molho de coco, gengibre, coentros e lima que eram qualquer coisa! Tinha um aspecto atascado e manhoso, mas estava tão cheio de malta local que tinha de ser bom.... E oh se era! Gostava de ter guardado o nome, mas estava demasiado entretida a lamber os dedos...

Melaka tambem ficara registada como a cidade em que a Sofia fez o gostinho ao dedo e se alojou num " real backpackers hostel"... O que significou, claro, pagar pouquíssimo e dormir pessimamente!! Por isso é que so os backpackers lá ficam... O nosso quarto tinha uns colchões que tinham as molas todas maradas e a janela dava para.... Chinatown!! Ate às 3h ouvia-se a malta chinesa trabalhar e conversar e a partir das 4h ouvia-se a malta chinesa a trabalhar e a conversar! E a descarregar mercadoria.... Perfect!! Foi o primeiro e ultimo hostel em que ficámos nas nossas 3 semanas. Como me farto de dizer, sou muito aventureira mas quero colchão, sanita e duche decentes!

No segundo dia em Melaka, entre outras coisa, quisemos ver o Portuguese settlement, que eu supunha ser um bairro antigo "tipicamente português".... Pois bem, nada disso!! Nós somos um povo muito à frente!!! Saimos da Malásia ha mais de 500 anos mas o portuguese settlement parece a Verdizela/Marisol/ qualquer bairro de vivendas dos anos 60/70!!! Vivendas baixas, todas diferentes, o belo do estendal na rua, o azulejo com a N.S. de Fatima na porta... You name it!! É um verdadeiro milagre. Temos a Jalan (Rua) Teixeira, Albuquerque... Enfim! Um fartote de rir... Demorámos quase uma hora a lá chegar a pé debaixo de uma torra infernal e no final... Estava na Verdizela. No comments!

















27.2.12

Das férias (IV)


Batu Caves / Thaipusam

As Batu Caves são um local de peregrinação e adoração hindu e estão localizadas nos arredores de KL (a cerca de 15kms do centro). Normalmente não tem grande atractivo, mas uma vez por ano ocorre o Thaipusam, o maior festival Hindu fora da Índia. E eu tive a imensa sorte de la estar a assistir. Mais de um milhão de pessoas, um assalto aos meus sentidos... Os cheiros, as cores, as impressões sensoriais provocadas pelas diversas manifestações de fé a que assisti são difíceis de descrever... Tal como alguns católicos, que se torturam como forma de se relembrarem dos sacrifícios feitos por Cristo em nome do homem, nomeadamente através da utilização do cilício, no Thaipusam via-se dezenas de pessoas com ganchos a perfurar a pele, onde carregavam cocos, limas, ou de onde saiam cordas que eram seguradas por outras pessoas que refreavam a marcha do "penitente". Outros tantos carregavam altares na cabeça que mantinham equilibrados através de ferros ou varetas que se espetavam no peito e costas. Outros ainda pareciam estar em transe porque tinham os olhos vidrados e revirados, línguas pintadas de vermelho sempre de fora enquanto transportavam oferendas (experimentem manter a língua de fora durante mais de 2 ou 3 minutos e ficam com uma ideia do quão difícil e fazê-lo durante horas a fio debaixo de 40 graus).Tirei umas fotos de revirar o estômago, mas ficaram perdidas algures no Bali quando roubaram o money belt da Sofia... Sei que passei la quase 4 horas debaixo de um calor monstro e quase não dei pelo tempo passar, excepto pelo cansaço emocional! Foi o festival de uma vida, uma experiência única e inesquecível.

















Das férias (III)


Malásia
Disseram-me que não valia muito a pena; que Kuala Lumpur não tinha nada de especial para além das Petronas e que se via em 2 dias. Fora de KL, só havia resorts. Não foi bem isso que encontrei... Achei os Malaios bem simpáticos, a utilização generalizada do Inglês facilita a vida enormemente, encontrei muita diversidade étnica, cultural e até fiquei com alguma pena de não ter tido mais uns dias para explorar os recantos menos explorados do País. E come-se lindamente, principalmente para quem tiver um estômago amigo de picante, como eu! Foi uma maravilha de picante ao pequeno-almoço, almoço e jantar...

Kuala Lumpur
É uma multiplicidade de cidades numa só. Tão depressa me encontrei numa NY (wannabee) como estava na India. Ou naquilo que imagino que seja a China. E numa esquina havia templos hindus e na esquina oposta mesquitas. E vi chinesas de lenços. Muitas raças e credos misturados numa cidade bastante desenvolvida, principalmente quando comparada com o resto da Malásia ( e os resorts de 5 estrelas nao contam). Merdeka Square, as Petronas, a zona dos centros comerciais, o parque das aves e o mercado de rua ao pé da KL Sentral são tudo paragens obrigatórias e que valem a pena visitar. Nada que não se consiga ver em 48 horas, acho que mais dias ficam melhor empregues indo explorar outras bandas.