28.1.12

Incrível, já passou 1 ano

Desde que cheguei fisicamente ao Porto.

Por esta altura, há 1 ano atrás, andava em corrida contra-relógio para encontrar casa. Devo ter visitado uns 30 apartamentos em 2 dias. Foi óptimo para ficar com pontos de referência melhores da cidade e se não fosse o GPS, tinha chegado tarde a quase todo o lado...

De vez em quando ainda me lembro, ao andar na rua, da casa que vi ali no 3º andar, ou da outra que tinha umas paredes amarelo-berrante, ou da outra que a senhora gostou tanto de mim que até me fazia desconto extra para eu lhe arrendar a casa. Ou daquela que era meia-vivenda toda em níveis e giríssima, mas sem vista nenhuma. E de uma que tinha a casa de banho mais gira que vi nos últimos tempos, mas a casa era escura. E fico mesmo contente por ter escolhido a casa que escolhi.

Por esta altura, há um ano, o trabalho que ia iniciar daí a 3 dias já não me preocupava (a decisão estava tomada e era assumir - sempre fui muito boa a compartimentar preocupações e batalhas... uma de cada vez e nunca acumular mais do que consigo gerir) e só queria poder mudar-me em definitivo. Viver em Hotel não era (é) para mim e queria o meu espaço.

Quem diria que um ano passaria tão brutalmente depressa?!

24.1.12

Guimarães

Pois que foi giríssimo, a companhia excelente e o tempo estava tão soalheiro que até parecia Primavera.

Andámos de um lado para o outro, bebemos uns copos no Papaboa, vimos umas exposições e assistimos aos Fura dels Baus num sítio óptimo (e temos de agradecer - e MUITO - ao rapaz da organização que nos disse para nos mudarmos de sítio porque estávamos mesmo debaixo da área de projecção e não teríamos visto nada).

Fui entrevistada para a Rádio Santiago e tudo. Fui tão apanhada de surpresa que nem tive como fugir... mas a seguir vieram atrás de mim novamente com uma câmara e aí... foi pernas para que vos quero!

Enfim, foi um dia muito bem passado. Ficam as recordações (e fotos).






















17.1.12

Piódão

Benfeita, Fraga da Pena, Pardieiros, Mata da Margaraça, Aerogerador, S Pedro, Cumes da Serra do Açor, Chãs d´Égua, Pedra Chã, Piódão.


Vistas de cortar a respiração, caminhos de sonho e românticos, fruta colhida na hora de comer (medronhos e dióspiros), conversas soltas, pessoas novas, trilhos desconhecidos explorados. Subir e descer, trepar e caminhar. Um dia a andar com um tempo maravilhoso. Um dia a andar sob chuva, granizo e vento impiedosos. Ambos maravilhosos. Vou definitivamente repetir.





















13.1.12

Contra a inércia Invernal... marchar, marchar!




Decidi juntar-me a este grupo e começar a fazer (ainda mais) aquilo de que gosto. Andar.

E começo já este fim-de-semana.

Sábado: Passeio Pedestre Fraga da Pena e Mata da Margaraça
Duração: 7 horas e 30 minutos
Distância: cerca de 14 kms


Domingo: Caminhada Cumeada de S. Pedro do Açor - Aldeia do Piódão
Duração: 7 horas
Distância: cerca de 17 kms

Podia ter decidido começar estas caminhadas sem ser em pleno Inverno, mas não... isso era muito fácil...

9.1.12

Resumo do fim-de-semana

1 corridinha (tenho uma amiga que vai fazer a maratona de NY e, como treino, vai fazer a meia-maratona de Lisboa e quer companhia... ou seja, tenho de começar a dar à perna se me quero aguentar ao ritmo dela em Setembro);


Sessão-dupla no cinema;


Festa da Gigi (gostava mais no Triplex que no Plano B);


Reorganizar a casa pós ronda de visitas;


Desmontar aparato de Natal;


Pôr em dia os episódios da Downton Abbey.

5.1.12

Vi-me em flashback há 2 dias

Estava a regressar a casa depois do trabalho e vi uma rapariga que devia ter entre os 11 e os 13 anos, sentada no passeio. Estava sentada como uma bola, a abraçar as pernas e com a cabeça enfiada nos joelhos.

Estive quase para não lhe dizer ou perguntar nada, não fosse ela estar ali à espera de alguém e ainda a assustar, mas lembrei-me de mim mesma, numa situação diferente, há muitos anos atrás.... 

(Devia ter uns 13 anos e os meus pais moravam numa zona pouco habitada. Estava a regressar da escola e já era de noite. Apanhei o autocarro e já sabia que a minha paragem ficava logo a seguir a um restaurante que estava sempre bem iluminado. Lembro-me como se tivesse sido ontem; era 5a feira, o dia de encerramento, e as luzes que eu usava como «alarme» estavam apagadas. Falhei a paragem de saída e quando me apercebi acabei por entrar em pânico silencioso. Não podia estar ali porque não tinha bilhete válido, pelo que não podia pedir ajuda ao motorista. Não tinha dinheiro para apanhar o autocarro de volta e naquela estrada só havia pinhais e era perigoso. Não sabia de cor o número de casa (nem me lembro se tínhamos telefone ou não) e também não tinha dinheiro...  Não chorava, não pedia ajuda, não nada. Fiquei congelada e sem saber o que fazer a seguir. Até que uma senhora reparou no meu ar de coelho apanhado nas luzes dos faróis e me perguntou se eu estava bem e se precisava de ajuda. E comecei a chorar convulsivamente... long story short, a senhora meteu-se comigo num táxi e levou-me a casa dos meus pais, que já estavam a ter um ataque cardíaco com o meu desaparecimento...)

E porque me lembrei disto, decidi não se parva e dirigir-me à rapariga e certificar-me que estava tudo ok. E assim que lho perguntei, desatou a chorar.  Que não, que não estava tudo nada bem... O pai devia te-la ido buscar e não aparecera. Não tinha o telemóvel dela e não sabia o que fazer. A solução não podia ter sido mais simples. Emprestei-lhe o meu telemóvel, ela ligou para casa, ficou a saber que o pai não percebeu que era suposto ir apanhá-la e que ia já a caminho. A mãe da menina quis falar comigo e agradeceu-me por telefone o ter-me preocupado, tal como me lembro de os meus pais terem agradecido a senhora que me levou a casa.

Não a quis embaraçar na sua atrapalhação e por isso depois de lhe perguntar se ela queria que eu ficasse a fazer-lhe companhia e de ela me ter dito que não era preciso, fui-me embora. Avancei 50 metros e fiquei na sombra escondida a vê-la mais 10 minutos até um carro parar e ela saltar logo lá para dentro.

Demorou 20 anos, mas uma espécie de pequeno círculo de ajuda fechou-se...