19.9.11

Twenty


O meu bilhete já cá canta. E amanhã eu cantarei (para dentro) com eles. Como há 20 anos.

Festa de família

Do lado paterno.

A última já tinha ocorrido há, talvez, 15 anos, na Verdizela, no restaurante «A Cabaça». Não sei quantos éramos nessa altura, mas na minha cabeça, seguramente seríamos uns 100. Era um mar de gente, mesas e mesas alinhadas cheias de «família»

Lembro-me que se juntou a família da Margem Sul com a família de Lisboa e Queluz, com gente que veio do Pombal e do Porto e até um primo que morava no Brasil. E muitos miúdos, primos, tantos primos... e parentescos que eu era deamasiado nova para perceber e deslindar. Mas adorei a confusão.

Ontem reunimo-nos novamente em Salvaterra de Magos. Éramos uns 50. Uns já faleceram, outros não conseguiram vir. Mais uma vez perdi-me no meio dos parentescos e já não sabia quem eram os irmãos e primos e sobrinhos, mas isso também não era o mais importante. Estávamos ali todos, isso é que importava. E estava presente uma nova geração. A pessoa mais velha tinha 94 anos, a mais nova, menos de 1 ano.

E de repente, eu, uma miúda, já pertenço ao grupo dos adultos. Lembro-me dos bebés que agora já são adultos, andam na faculdade, são mais altos que eu e têm voz grossa. E que concerteza olham para mim como uma das primas mais «cotas».

Engraçado e assustador e intenso, tudo ao mesmo tempo.

Saí cedo porque ainda tinha uma viagem longa mas adorei.

Espero que não demore mais 15 anos a que se repita a dose.

ENOUGH NOW

Continuemos, então.

12.9.11

Queroumbloganonimosopor5minutos.

Regra geral escrevo sem auto-censura; embora saiba que a maior parte das pessoas que me le me conhece, isso nao me inibe. Os meus amigos e familiares sabem que sou directa, sem rodeios, um bocadinho bruta e nao tenho vergonha de assumir as minhas opinioes, parvoices, idiossincracias, etc... Mas ha alturas em que gostava de ter um blog completamente anonimo, que me permitisse extravasar tudo. Em que ao abrigo da anonimidade pudesse deixar as ideias fluirem, carpir e procurar palavras encorajadoras. Ou reclamar, provocar, ser caustica, sem entraves, vergonhas, bloqueios ou sentimentalismos. Ja experimentei deixar as ideias fluirem num papel, num documento word, num email que nunca e enviado. Ajuda, mas nao e a mesma coisa. Creio que a nocao de partilhar com o mundo em geral e ninguem em especial, saber que outras pessoas possam ler, compreender, sem que saibam quem esta por tras das palavras, dos sentimentos ou pensamentos que estao "out there", ajuda. Esta e uma dessas alturas.

5.9.11

Das férias

Descansei pouco, apanhei muito menos sol do que gostaria, li menos do que pretendia (por culpa da numeração dos seis volumes, acabei o primeiro ao final de 3 dias e fiquei sem nada para ler), dormi menos do que devia e regressei ao trabalho a sentir que não fui de férias.

Posto isto, houve grandes comezainas, comi do melhor tomate que existe, estive rodeada de boa companhia, vi alguma família e amigos, fui a um casamento de arromba e apanhei algum sol e dei uns passeios. Vale sempre a pena uma pausa. À falta de sol, arranja-se outros planos.








Os Rebeldes

Recomendaram-me muito, do autor, o livro «As velas ardem até ao fim», mas foram «Os Rebeldes» que me vieram parar as mãos.

Achei interessante, especialmente pela perspectiva histórica. Perceber como foi vivida na Hungria a 1ª Guerra Mundial, especialmente como pano de fundo a um grupo de jovens que não se sente identificado com o mundo dos adultos mas que, inexoravelmente, são atirados para ele.

Não achei soberbo, mas vale a pena.