27.7.11

Ódio de estimação

A malta do Sul a sério que não faz ideia do estúpido, mal pensado, idiota, sem sentido que são as SCUT´s... ou melhor, agora CCUTS´s (Com Custos para UTilizadores) !!! Eu também não sabia até sofrer na pele esta estupidez...

E porquê?

As CCUTS´s não estão devidamente assinaladas enquanto tal. O sinal só aparece quando já não podemos tomar via alternativa. Para todos os efeitos, as indicações que aparecem são de A(qualquer coisa, portanto auto-estrada normal) e depois de entrarmos... toma lá, parabéns, isto não é bem uma auto-estrada!

A diferença entre auto-estrada e CCUT´s é tão só que nas auto-estradas pode-se pagar com via verde ou mb/dinheiro, ao passo que as CCUT´s não tem opção de pagamento sem ver por via electrónica. Assim sendo, quem não tem identificador de matrícula ou via verde, não tem como pagar. Há umas câmaras que identificam a matricula e registam numa base de dados.

Qual é a alternativa? Ir nos dias seguintes pagar as portagens a uma Payshop ou aos CTT!!!! Mas se não se for nos dias seguintes (sei lá, porque temos vida, horários incompatíveis, fomos ao estrangeiro, estamos doentes...), a portagem já não pode ser paga e MULTA!!!

E melhor? Os estrangeiros, nomeadamente Espanhóis (que são frequentes utilizadores das CCUT´s)... não pagam se não quiserem! As matrículas são estrangeiras e portanto não há como enviar multas para casa e, mesmo que quisessem pagar, tinham de regressar a Portugal uns dias depois para ir a uma Payshop ou CTT.

Que raio de política de utilizador-pagador é esta? Que raio de ideia obrigarem as pessoas a aceitar um controlo electrónico total sobre a circulação dos seus veículos? É que não há como lhes escapar.... Acho isto absolutamente escandaloso e incrível, sinceramente!

E tudo para quê? Para que quem tem a concessão das CCUT´s não tenha de contratar portageiros?! Coitados, devem fazer pouco lucro...

No comments.

26.7.11

Santa Luzia (Viana do Castelo)

Não vimos a cidade, já sabíamos que não teríamos tempo. Ainda demos um giro rápido pelo centro, mas não conta...

Mas fomos até lá jantar (ao Restaurante Camelo - segundo o namorado, o arroz de cabidela estava óptimo (não consigo comer e por isso não sei) e o meu bife de carne barrosã, embora tenro, tinha falta de sabor. A sobremesa, um bolo de bolacha com base de pudim em vez de manteiga, estava excelente) e, de caminho, ver o Santuário de Santa Luzia.

De acordo com a wikipédia, a Basílica ou Templo do Sagrado Coração de Jesus, mais conhecido por Templo de Santa Luzia está situada no alto do monte deste nome, na cidade de Viana do Castelo, donde se vislumbra uma vista ímpar da região, que concilia o mar, o rio Lima com o seu vale, e todo o complexo montanhoso. O projecto da igreja é do arquitecto Miguel Ventura Terra com óbvia inspiração na Basílica de Sacré Cœur em Montmartre, Paris.

O início dos trabalhos foi em 1903 por iniciativa do padre António Martins Carneiro. Ventura Terra seria substituído em 1925 pelo arquitecto Miguel Nogueira que orientou a última fase das obras. Edificada sobre uma planta em forma de cruz grega. A sua arquitectura tem elementos neo-românicos, bizantinos e Góticos.
O santuário só ficaria concluída em 1943, embora tenha sido aberto ao culto em 1926.
Confirmo a imponência do espaço, a beleza das vistas (e o pôr-do-sol, upa, upa!!) e fiquei muito admirada por saber que é um monumento tão recente. Isto também é obra pública (não é só escolas, hospitais e auto-estradas) e embora não sirva, talvez, um propósito tão «real», a beleza enquanto valor também deve ser defendida. Gostei muito.








Caminha / Moledo












Chegámos em fim-de-semana de festa Medieval, e Caminha estava transformada. Bancas de artesanato, artesãos de todo o tipo, vimos porcos inteiros a assar, quiches de aspecto delicioso, bolos e doces conventuais com ar altamente guloso e decandente (e arrependemo-nos tanto de ter comido em Monção...) e muita gente vestida a rigor!

Mais uma vez andámos a passear de um lado para o outro, sem agenda ou pressa, até nos apercebermos que já andávamos a repetir sítios...

Ainda explorámos a zona da praia da foz do Minho (que estava cheia, cheia de gente) e a praia de Moledo e admirámos a quantidade de windsurfers e kitesurfers que por ali andavam. Fiquei com curiosidade de um dia por pé na ilha de Ínsua. É uma ilhota granítica e pequena, com um forte. Aparentemente, periodicamente é possível fazer a pé a ligação entre a costa e a ilha.


Fica para outra vez...

25.7.11

Monção























Este fim-de-semana éramos suposto ter visitas. Por razões várias, isso não aconteceu.

E por isso, decidimos ir para fora cá dentro. Aproveitando o dia soalheiro, decidimos rumar a norte e explorar um pouco do (ainda) desconhecido (para nós) Minho. Primeira paragem:  Monção (aquele quadradinho vermelho lá em cima quase quase em Espanha).

Chegámos um pouco antes da hora de almoço e comecámos a visita instalando-nos num miradouro sobre o rio Minho e apreciando a vida passar e a fantástica paisagem circundante. O verde do Norte de Portugal é mesmo único. O som do rio, os barcos ancorados, a proximidade de Espanha (mesmo ali, cortada por uma cauda de água), o som dos bichos que habitam as margens (será que as cigarras «falam» a mesma língua em todo o mundo?!), é um ambiente fantástico.

Depois explorámos o Castelo de Monção, as Termas ...

(que pena o edifício original estar abandonado.... É absolutamente lindo. O novo, por outro lado, co-financiado pela UE e tal, é escandalosamente horroroso... a fachada principal resulta bem, mas as traseiras.... Betão e alumínio, parece uma espécie de Pompidou mal-acabado, enfiado numa zona de grande beleza natural e com edíficos históricos logo ao lado. Não percebo estes planeamentos urbanísticos, de todo!!!)

a zona ribeirinha com uma zona de jardim / parque infantil / zona de pic-nic e merendas / estacionamento fantástica. Bem pensada, bem planeada e com muita gente a desfrutar do espaço. Fiquei encantada com um banco de jardim em semi-circulo ininterrupto e com uns corrimões feitos de tronco de árvore que davam um ar altamente natural / orgânico ao espaço.

Andámos pelo centro da cidade, vimos uns noivos a sair da Igreja, passeamos mais um bocado e depois de estarmos devidamente cansados e esfomeados, fizémos paragem técnica numa pastelaria e seguimos caminho... para Caminha!

Fiquei muito bem impressionada. Tudo muito limpo, organizado, bem conservado e estimado. Há ali brio e cuidado na manutenção dos espaços e edifícios históricos. Também impressionada fiquei com a quantidade de cartazes que vi anunciando obras todas co-financiadas pela UE ou no ambito da colaboração transfronteiriça entre Espanha e Portugal. Foram 4 ou 5 apenas em Monção.

No caminho ainda passamos pela Torre de Lapela, que é mais um dos marcos de Monção.

Amy

Viveu como quis, morreu sabe-se lá porquê. Não me interessa escalpelizar os porquês, analisar as razões e motivos, largar sentenças sobre o estilo de vida que decidiu ter.
 
Deixou-nos com músicas belíssimas, intensas.


Vi-a ao vivo em Amesterdão, no dia 22 de Outubro de 2007. No caos que foi a digressão Europeia dela, a crítica foi unanime em aclamar este como o melhor concerto que ela deu. Dentro daquilo que ela conseguia dar. Lembrava-se das letras todas e não lhe falhou a voz. Mas via-se que não estava bem. Parecia perdida em palco e entre cada música refugiava-se nos bastidores onde estava o seu marido. E disse várias vezes que queria despachar o concerto porque queria «get high». Tudo normal, portanto.



Ela foi. Fica a música e as minhas recordações de quase 2 horas muitíssimo bem passadas numa sala de espectáculos nos arredores de Amesterdão.



Tal como com Jeff Buckley, o céu podia ter esperado.... mas e daí, talvez fosse ela quem tinha pressa.

13.7.11

SBSR 2011

Work hard, play hard.

Depois de 3 dias de muito trabalho e de muita preparação de mais trabalho que aí vem, é altura de regressar aos festivais de Verão (o último a que fui foi em... bem, é melhor não pensar nisso e usar como desculpa a emigração...) e dançar até me doerem os pés, cantar até ficar sem voz, chegar a casa com a cabeça coberta de uma camada de pó assustadora, feliz e exausta.

Felizmente os pais moram perto e escuso de acampar (confesso que quem me tira um duche e uma cama limpa tira-me tudo hoje em dia.... lá vão os tempos de acampar no meio dos campos de milho do Alentejo e comer exclusivamente latas de atum com tomate durante 3 dias...)

E podendo compatibilizar música e festival com mergulhos na praia... sou uma mulher feliz! Até à próxima semana. Enjoy





11.7.11

Jazz no Parque

Este Domingo, aproveitando o programa Jazz no Parque, a decorrer durante todos os Domingos de Julho, fui ver Charles Lloyd New Quartet.

Para além do concerto excelente e com uma duração de quase 2 horas (e atenção que o saxofonista - o bendito do Sr. Charles Lloyd -já é bem entradote), valeu o ambiente. Os concertos decorrem no campo de ténis de Serralves, que está ladeado de árvores num lado, confina com uma escadaria no topo e tem uma casa de chá no outro lado, tendo, por isso, um ambiente muito especial.

Acrescentando que estava um dia soalheiro e que havia um barzinho onde se podia comprar um copo de vinho (ou cerveja ou refrigerante) para acompanhar a música, já se percebe que foi um final de tarde belíssimamente passado.

Infelizmente não estou pelo Porto no próximo fim-de-semana (estarei mergulhada noutro tipo de música e ambiente), senão também não me escaparia o concerto de Mário Laginha.

Fotos não há, não eram permitidas...

Do tempo (metereológico)

No sábado passado choveu quase o dia todo. O tempo esteve cinzento e nada convidativo. Como eu adoro andar na rua e tinha estado sol toda a semana, fiquei com uma neura desgraçada...

Até que decidi pensar em quantas vezes tinha eu pegado no guarda-chuva desde que vivo no Porto.

E a resposta foi: - menos de meia dúzia. Ora considerando que em Amesterdão eu andava SEMPRE de guarda-chuva na mala porque de manhã não sabia o tempo que faria a tarde.... decidi deixar de ser parva!

Vi filmes, li, descansei e aproveitei o dia passado em casa, tendo a certeza que ao contrário da Holanda, aqui o mau tempo (no Verão) é sempre passageiro... tal como os meus maus-humores.

8.7.11

Moinho da Asneira

Num dos fim-de-semana com feriados de Junho, rumámos ao Alentejo e ficámos 3 dias no Moinho da Asneira, ao pé de Vila Nova de Milfontes.

Junto ao rio Mira, tem uma localização absolutamente fantástica e umas vistas deslumbrantes. Os donos são Holandeses (que pontaria!!!) e já cá estão há cerca de 30 anos.

Infelizmente, o Moinho da Asneira não teve ter sofrido uma única remodelação ou upgrade desde que foi construído e o estilo de decoração já não se usa. É ok, funcional, mas quando comparado com muito do turismo rural já disponível, não tem comparação. O que também se reflecte nos preços cobrados...

Mas tem pormenores engraçados, como por exemplo o bar, que está abastecido e fica aberto a noite toda. Os clientes servem-se do que quiserem, anotam o que consumiram, e pagam no check-out. Tudo na base da confiança.

Amarante

Fui lá passear no fim-de-semana passado.

Calcorreámos as ruas, fizémos uma paragem na Casa da Calçada para um High Tea (que luxo poder lanchar num sítio tão lindo e a pagar 5€ por pessoa!!!), comprámos cerejas a saber a cerejas, pêssegos a saber a pêssegos e melancia a saber a melancia, passeámos pela zona da praia fluvial e ficámos a conhecer mais um cantinho deste (ainda) Portugal Mágico, como lhe chama um amigo meu....

A repetir.