21.12.11

Dubai (in words)


Que posso escrever sobre o Dubai? Para além de que adorei? E as coisas de que gostei menos foram tão insignificantes que nem me apetece referi-las…

First impressions do Dubai?! Lalaland, bling bling, luzes, néons, organização. Muito diferente de tudo o que já tinha visto. E claramente mais rico.

Highlights
O primeiro almoço no café Shakespeare, a ver o Burj Khalifa, rodeado de lagos e piscinas artificiais. Estranho ver tanta agua quando estamos rodeados de deserto. Serviço excepcional e o contraste entre as roupas ocidentais e árabes faz-se notar.

Muitos mergulhos Golfo Arábico (eles não gostam que se lhe chame Golfo Pérsico). Agua límpida e quente (23/24 graus), considerando que é Inverno. Volta-se a sentir claramente que não «estamos em casa». Praias privadas são caríssimas (de 100 euros por dia para cima) e as públicas, sendo óptimas e gratuitas, são invadidas por locais que não fazem outra coisa que não «micar» e fotografar as turistas de bikini. Animais no zoo, anyone?!? Muito desconfortável e estranho… conseguindo ignorar o fenómeno (e encontrando um spot o mais longe do passeio / o mais perto da água possível), está-se muitíssimo bem!

Jantar-cruzeiro num restaurante Indiano pelo Creek (o canal / rio principal que atravessa o Dubai). De chorar a rir. Jantar estilo buffet, cheio de famílias que após a refeição decidiram pôr-se a dançar! Uma animação de tao kitsch, ridículo e estranho que era. Adorei. Havia uma miudinha que dançava bem mas bem….

Acordar cedo (5.15h) e ir para o Creek fazer uma aula de remo com a minha anfitriã. Remar tem bem mais técnica do que parece e é mais difícil do que eu pensava mas foi giríssimo. Atrapalhei grandemente o treino alheio mas diverti-me. Aproveitar o facto que já estava suada e ir dar uma corrida durante uma hora. Isto é coisa inédita em férias para mim, por isso fica como um ponto alto de vitória pessoal contra a inércia. Galvanize foi o mote. Consegui ir dar duas corridas durante a semana que lá passei.

A walking tour pela Bastakia (zona velha do Dubai) e almoço Emirati no Dubai Center for Understanding. Muitíssimo interessante, com oportunidade para colocar todo o tipo de questões sobre a vida, igualdade de sexos, hábitos religiosos e culturais. Também algumas tentativas de manipulação e distorção da realidade, mas enfim, nada que não fosse expectável... ainda assim, vale muito a pena.

Almoço no Burj Khalifa, no  piso 122 (restaurante At.Mosphere). Qualquer coisa de espectacular. Aconselho fazerem o high-lunch, que permite ver tudo com outra calma e, ao mesmo tempo, almoçar num sítio maravilhoso. Vê-se desde a ilha da Palmeira ao Mapa-Mundo, o Burj Al Arab, toda a zona moderna do Dubai e o deserto que o rodeia. A sério, ir ao Dubai e não subir ao Burj Khalifa é um sacrilégio.

Safari no Deserto. Tive a sorte de partilhar o jipe com 4 burqas da Arábia Saudita e o marido. Música árabe de discoteca, muitos gritos e yalayalayala de todas. Super diferente e mesmo muito engraçado. Condução louca pelas dunas, areia por todo o lado, sensação de risco de capotamento permanente, enfim… uma animação. Ainda pude passear num camelo, conduzir uma moto 4 nas dunas e jantar no deserto. Esta parte era altamente turística e massificada, mas vale a pena pelo conjunto.

Passeio de barco / cruzeiro. O que eu fiz foi em Fujairah, um dos 7 Emirados (Abu DhabiDubaiSharjahAjmanUmm al-QuwainRas al-Khaimah e Fujairah).  Nada de novo ou especial, mas interessante por a praia ter um permanente cheiro a petróleo (e os pés terem ficado interessantemente pretos), pela paisagem árida e seca de um lado e de um mar em que é virtualmente impossível tirar foto sem apanhar um barco petroleiro  no enquadramento. Passa-se um dia calmo e relaxante a apanhar sol sem mirones.

Burj Al Arab
Fizémos um high-tea (que custa os olhos da cara, não há volta a dar… cerca de 80 euros por pessoa) mas enfim, é um sítio a que não se vai todos os dias…
O high-tea é, de facto, excelente e na base do all you can eat. Mas a dose inicial já dá mais do que luta para terminar e eu que sou um belo garfo e que decidi que ia provar tudo fiquei tão cheia que nesse dia não comi MESMO mais nada.
E vale a pena. Pela comida, pelo serviço, pelas vistas, pela decoração de todo o Hotel, que é muito especial, pelo número de Rolls Royce que se vêm a porta... vale a pena.

Discoteca People / Cristal
Uma noite surreal, em que fui confrontada com o outro lado do Dubai… bebida a correr como se de água se tratasse, homens e mulheres que não têm vergonhas nem limites quando se trata de «tentar engatar»; raparigas giras e com boa figura de roupas tão diminutas me faziam a mim ficar de boca aberta (e não eram prostitutas, pelo menos não todas), um ambiente festivo, excessivo, permissivo e inflamável. Um submundo num mundo já muito diferente. Muita música (da boa), muita dança e muita conversa. Uma noite que começou como uma pura curiosidade: - Vamos ver como é uma disco no Dubai? Será que se vestem também como durante o dia?! Ficamos 30 minutos e voltamos para casa… e que terminou várias horas mais tarde, depois de muito rir e mais dançar. Muito bom.

Last but not least…
A companhia! A Vera, a minha amiga e anfitriã no Dubai, que organizou dias impecáveis, reservou com vouchers de desconto programas giros, manteve-nos entretidas enquanto trabalhava. E a Magui, a minha companheira de folia na maior parte dos programas, sempre bem-disposta e pronta para as maiores palhaçadas. Um espectáculo. Cheira a Pizza! e Super Azul ficarão para a história.

3 comentários:

  1. Acordar as 5 e um quarto nao e' acordar cedo, e' acordar as galinhas!!!

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  2. Foi só uma vez, e ver o nascer do sol da água vale sempre, mas sempre, a pena! Si pripara!

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  3. lol
    Tou quilhada!! ;) Por acaso sempre vi pores do sol, está na altura da vida de começar a ver nasceres do sol :)

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